PRESSUPOSTO 1: Existem traços e estados psicológicos
- Traço é “qualquer forma distinguível, relativamente estável em que um indivíduo varia em relação a outro” (Guilford, 1959, p. 6).
- Os estados também diferenciam uma pessoa de outra, mas são um pouco menos duradouros (Chaplin et al., 1988).
- Amostras de comportamento podem ser obtidas de inúmeras formas, variando de observação direta à análise de afirmações de autorrelato ou de respostas de testes de lápis e papel.
- abrange uma ampla variedade de possíveis características.
- Existem milhares de termos para traços psicológicos (Allport e Odbert, 1936).
- Podem ser o traços psicológicos que dizem respeito a inteligência, capacidades intelectuais específicas, estilo cognitivo, ajustamento, interesses, atitudes, orientação e preferências sexuais, psicopatologia, personalidade em geral e traços de personalidade específicos.
- Não se pode ver, ouvir ou tocar um constructo mas podemos deduzir sua existência a partir de um comportamento manifesto.
- Comportamento manifesto refere-se a uma ação observável ou ao produto de uma ação observável, incluindo respostas relacionadas a um teste ou a uma avaliação.
- não é esperado que um traço seja manifestado no comportamento 100% das vezes.
- A manifestação e a intensidade do traço no comportamento observável depende do indivíduo na interação com o meio, a natureza da situação influencia na forma como esse traço aparece.
- O traço e o estado psicológico também variam na forma como um indivíduo varia em relação a outro. O avaliador pode compara o indivíduo, por exemplo, a um grupo no qual ele pertença.
PRESSUPOSTO 2: Traços e estados psicológicos podem ser quantificados
- os traços e estados específicos a serem medidos e quantificados precisam ser cuidadosamente definidos.
- Pode-se usar uma mesma palavra que dependendo do contexto trazem diferentes signifcados, por isso precisam ser bem definidos.
- o desenvolvedor do teste precisa fornecer aos aplicadores uma definição operacional clara do construto sob estudo.
- Após definido o traço, o estado ou outro construto a ser medido, o desenvolvedor de um teste considera os tipos de conteúdo de itens que proporcionariam uma compreensão dele
- Medir traços e estados por meio de um teste implica desenvolver não apenas itens de teste apropriados mas também formas apropriadas de pontuar o teste e interpretar os resultados.
- o escore do teste representa a força da habilidade ou do traço ou do estado visado e com frequência se baseie no escore cumulativo, que é indicativo de que mais alto é o nível de desse testando na habilidade ou no traço visados.
PRESSUPOSTO 3: Comportamento relacionado ao teste prediz comportamento não relacionado ao teste
- testes envolvem tarefas como preencher pequenas grades com um lápis número 2 ou simplesmente pressionar teclas em um teclado de computador com o objetivo de fornecer alguma indicação de outros aspectos do comportamento do examinando.
- As tarefas em alguns testes imitam os comportamentos reais que o aplicador está tentando entender.
- A amostra de comportamento obtida costuma ser usada para fazer previsões sobre comportamento futuro, tal como desempenho no trabalho de um candidato a emprego, também para auxiliar no entendimento do comportamento que já ocorreu.
- Está além da capacidade de qualquer procedimento de testagem ou avaliação conhecido reconstruir o estado mental de alguém. Contudo, amostras de comportamento podem esclarecer, sob certas circunstâncias, o estado mental de alguém no passado.
- Outros instrumentos de avaliação ajudam a construir a história do avaliado.
PRESSUPOSTO 4: Testes e outras técnicas de mensuração têm pontos fortes e pontos fracos
- Aplicadores de testes deveriam entender como foi desenvolvido o teste, como aplicá-lo, em que circunstâncias, a quem deve ser aplicado e como os resultados devem ser interpretados. Reconhece as limitações dos testes
- Erro é alguma coisa que é mais do que esperada; um componente do processo de mensuração.
- variância do erro, ou seja, o componente do escore de um teste atribuível a outras fontes além do traço ou da capacidade medida.(Exemplo de variância: estar gripado ou não ao realizar o teste)
- Os avaliadores e avaliados são fontes de variância do erro.
- os próprios instrumentos de mensuração são outra fonte de variância do erro.
PRESSUPOSTO 6: A testagem e a avaliação podem ser conduzidas de maneira justa e imparcial
- Pressuposto mais controverso.
- Há uma demanda social por testes justos usados de uma maneira justa
- editores buscam desenvolver instrumentos que sejam justos quando usados de estrito acordo com as diretrizes no manual do teste.
- questões e problemas relativos à imparcialidade surgem de modo ocasional
- Em todos os questionamentos relacionados à imparcialidade em testes, é importante ter em mente que os testes são instrumentos. E, assim como outros instrumentos mais familiares (martelos, picadores de gelo, alicates, etc.), eles podem ser usados correta ou incorretamente.
PRESSUPOSTO 7: A testagem e a avaliação beneficiam a sociedade
- Em um mundo sem testes é provável que fosse mais um pesadelo do que um sonho.
- pessoas poderiam se apresentar como cirurgiões, construtores de pontes ou pilotos de avião independentemente de seu conhecimento, sua habilidade ou suas credenciais profissionais
- professores e administradores de escolas poderiam colocar as crianças de forma arbitrária em diferentes tipos de classes especiais simplesmente
- não haveria uma forma prática de os militares avaliarem milhares de recrutas em relação a muitas variáveis fundamentais.
- a necessidade de testes, sobretudo de bons testes. E isso, sem dúvida, levanta uma questão de importância fundamental...O que é um "bom teste"?
CRITÉRIOS para um "bom teste"?
- Instruções claras para aplicação, pontuação e interpretação.
- Economia de tempo e dinheiro
- Aquele que mede o que se propõe a medir.
- Solidez psicométrica dos testes, da qual dois aspectos fundamentais são a fidedignidade e a validade.
- Fidedignidade: envolve a consistência do instrumento de mensuração. O instrumento de mensuração perfeitamente fidedigno mede da mesma maneira com consistência
- Validade: Um teste é considerado válido para um propósito em particular se de fato medir o que se propõe a medir. Um teste de tempo de reação é válido se medir com precisão o tempo de reação. Um teste de inteligência é válido se verdadeiramente medir a inteligência.
Referências:
COHEN, R.J.; SWERDLIK, M.E; STURMAN, E.D. Testagem e Avaliação Psicológica, introdução a testes e medidas. 8 edição. Porto Alegre, 2014. Capítulo 4: Sobre testes e testagem. pg. 117-125.
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