terça-feira, 29 de setembro de 2020

Controlando a dor





A DOR...

  • é um fenômeno multidimensional influenciados por fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais. 
  • É uma experiência subjetiva mas pode ser mensurada por meio de auto/heterorrelato e sinais objetivos de alteração fisiológica e comportamental.
  • É uma sensação ou experiência emocional desagradável causada por um dano tecidual real ou potencial e de descrita em termos de tal dano (IASP, 2008) (Associação Internacional para o Estudo da Dor).

A DOR X SAÚDE PÚBLICA

Segundo Lozito (2001)...
  • é um importante problema de saúde pública
  • afeta mais de 50 milhões de norte-americanos
  • custa 100 bilhões de dólares por ano em tratamento médico, nos EUA. 
... a dor enquanto modelo BIOPSICOSSOCIAL.
  • distingue entre os mecanismos biológicos pelos quais estímulos dolorosos são processados pelo corpo: 
  • a experiência emocional  e subjetiva da dor e os fatores sociais e comportamentais  são compreendidos neste estudo.
IMPORTÂNCIA E TIPOS DE DOR

Pesquisadores dividem a DOR em três categorias:
  1. AGUDA
  • é cruciante e pungente e normalmente se localiza em uma parte ferida do corpo.
  • pode durar de alguns segundos a vários meses
  • tende a diminuir quando ocorre a cura.
  • Exemplos: queimadura, fratura, fadiga muscular, etc.

       2. RECORRENTE
  • envolve episódios de desconforto intercalados com períodos  sem dor ou menos dor.
  • tendem a se repetir por mais de três meses (Gatchel e Maddrey, 2004)
  • Exemplo: Enxaquecas periódicas


       3. CRÔNICA
  • é persistente
  • tendem a durar mais de 3 meses
  • permanecem após a cura da lesão que a causou ou acompanha uma lesão que não se cura.
  • Exemplo: fibromialgia


A DOR E SUA NATUREZA MULDIMENSIONAL E SUBJETIVA
  • de difícil mensuração
  • clínicos e pesquisadores desenvolveram diversas maneiras de avaliá-la: Medidas Físicas, Medidas Comportamentais e Medidas de autoavaliação.
MEDIDAS FÍSICAS
  • avalia-se a dor mensurando as mudanças fisiológicas específicas que a acompanham.
  • Exemplo: eletromiografia é um exame que avalia a quantidade de tensão muscular apresentada por pacientes que sofrem de cefaleias ou dores lombares.
  • Faz-se o registro minucioso das mudanças que ocorrem na frequência cardíaca, na velocidade da respiração, na pressão arterial, na temperatura e na condutividade da pele, que são indicadores da excitação autonômica que acompanha a dor.
MEDIDAS COMPORTAMENTAIS
  • Mensura a dor no comportamento do paciente.
  • Pode ser mensurado por amigos, parentes ou profissionais de saúde em sessões clínicas estruturadas.
  • Wilbert Fordyce (1976) pioneiro na pesquisa sobre a dor, desenvolveu um programa de treinamento comportamental no qual um observador como o colega de quarto do paciente, monitora de 5 a 10 comportamentos que costuma indicar o começo da dor.
  • NA clínica, enfermeiros e outros profissionais de saúde são treinados para observar sistematicamente os comportamentos do paciente durante procedimento de rotina.
  • Um inventário bastante utilizado é a Pain Behavior Scale, que consiste em uma série de comportamentos, alvo, incluindo verbalizações de queixas, expressões faciais, posturas anormais e mobilidade (Feuerstein e Beattie, 1995).
MEDIDAS DE AUTOAVALIAÇÃO
  • solicita que o paciente responda ao questionário, atribuindo um valor numérico ao seu nível de desconforto a determinada situação.
  • as escalas de avaliação de dor podem ser baseadas em relatos verbais, onde a pessoa escolhe, a partir de uma lista a palavra que melhor descreve sua dor.
  • Muitos clínicos sugerem ao paciente que confeccionem um diário da dor, no qual avaliem episódios de dor durante um período, registrando eventos cotidianos, medicamentos, etc.



REFERÊNCIAS

SATRAUB, Richard O. Psicologia da Saúde: uma abordagem biopsicossocial. 3ª edição. Artmed. 
Google Imagens

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